Da Vinci, o gênio, e umas andanças pelo mundo

Faz algum tempo, andou por São Paulo uma exposição da obra de Da Vinci, numa curiosa projeção de algumas peças do Leonardo mais respeitado do mundo. Era uma oportunidade de o visitante se ver literalmente envolvido e perceber detalhes de quadros do autor da Santa Ceia e da famosa Mona Lina, do Museu do Louvre, além de peças em madeira produzidas pelo gênio italiano, que viveu entre 1452 a 1519.

Havia até fragmentos da famosa The Virgin of the Rocks (A Virgem do Rochedo), tela que data de 1483/51, com Maria, um anjo e duas crianças, uma delas menino com cabelos dourados encaracolados, João Batista, diante de um Jesus bebê rechonchudo, o que pode bem explicar a paixão, talvez inconsciente, do colombiano Fernando Botero (1932-2023) pelas formas volumosas.

Essa obra de Da Vinci tem duas versões, que segundo estudiosos, foram ambas pintadas pelo genial artista. Uma delas, a primeira a ser feita, está no Louvre, em Paris. A tela tida como cópia, com dimensões um pouco menores e cores diferentes nas vestes do anjo e da Virgem, é mais sombreada, tem os cabelinhos encaracolados do primo de Jesus mais definidos, há auréolas, entre outros detalhes de luminosidade. Esta pode ser encontrada na National Gallery, de Londres, que visitei em 2023.

Entre especialistas, há toda uma discussão sobre os motivos que o levaram a desenhar desta ou daquela forma. O fato é que as duas telas são arrebatadoras. O cabra foi fenomenal.

The Virgin of the Rocks, na National Gallery, de Londres / Foto: Pablo Pereira/2023

A Virgem do Rochedo, a primeira, pintada por Leonardo da Vinci, que vimos em Paris / Foto: Site do Louvre

Imagem da tela do Louvre na exposição em São Paulo em 2019 / Foto: Pablo Pereira

Imagem gigante de João Batista, da tela de Londres, na exposição em SP em 2019 / Foto: Pablo Pereira

Gravado na exposição em SP em 2019 / Pablo Pereira