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Carnaval, a festa da fantasia e da realidade na avenida

  • Pablo Pereira
  • 11 de mar.
  • 1 min de leitura

O carnaval é uma festa. Reúne milhares de pessoas, movimenta a economia das cidades, gera impostos, abre portas para políticas inclusivas, permite homenagens, dá shows com artistas populares de graça nas ruas e ainda serve de palanque para protestos sociais relevantes. No sábado, dia 8/03, fui ao Sambódromo do Anhembi ver o desfile das escolas vencedoras de 2025. A Rosas de Ouro foi a grande vencedora do Grupo Especial, mas uma pequena comunidade já se destacou logo no início da noite: a Mocidade Unidade da Mooca, com o tema "Krenak - o presente ancestral". No próximo ano, a Mooca estará entre as maiores do Grupo Especial.


No início do desfile, o puxador do samba, Émerson Dias, deu o tom gritando ao microfone "sangue indígena, nem uma gota mais!". E lá veio a Mooca pela avenida com o homenageado, o filósofo indígena Ailton Krenak, membro da Academia Brasileira de Letras, vestindo o fardão, num carro alegórico, ao lado de muitos jovens indígenas.


No refrão do samba, o apelo pela conscientização diz:

"Meu povo, cadê você?

Onde foi parar?

O Caité, Carijó, Tupinambá

Meu sangue se faz presente

Vamos relembrar

Do Cariri, do Guarani, do Potiguar"


.. e se encerra com


"O meu clamor se manifesta

Se a branca ignorância

É o ato que não cessa

O meu samba ecoa na floresta!"



Ailton Krenak desfila na Mocidade Unida da Mooca no Sambódromo de SP / vídeo: Pablo Pereira

 
 
 

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